A resistência natural dos homens em cuidar da saúde é cultural. Eles se preocupam menos com a saúde, têm menor frequência a consultas médicas preventivas, possuem hábitos alimentares piores, maior ingestão de bebida alcoólica e uso mais frequente de cigarro, aumentando as chances de serem acometidos por doenças cardíacas, infecções e cânceres, e dentre estes, o câncer de próstata, tipo mais frequente no Brasil depois do câncer de pele.
Embora seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento, muitos homens preferem não conversar sobre o assunto. O câncer de próstata é uma doença silenciosa no início, pois surge em uma região da próstata que não costuma causar sintomas. Conforme a doença progride, surgem sintomas como a dificuldade para urinar, retenção urinária aguda, insuficiência renal aguda, sangramento na urina, emagrecimento, dores nos ossos e até fraturas.
Existem dois tipos de tumores da próstata: o maligno (câncer) e o benigno, também chamado de aumento benigno da próstata ou hiperplasia prostática benigna (HPB).
O tumor benigno (ou HPB) é muito mais frequente que o maligno (câncer da próstata), pois chega a atingir quase 70% dos homens acima de 70 anos. Os sintomas que a HPB provoca quando há obstrução da uretra são: aparecimento de micções durante a noite; aumento da frequência urinária diurna; diminuição da força e do calibre do jato urinário; demora para iniciar a micção e sensação de urgência para urinar e às vezes até perda de urina nessas situações.
A hiperplasia prostática benigna (HPB) começa a aparecer em homens acima de 40 anos e se caracteriza por um aumento da próstata apenas no local, diferentemente do câncer, que se espalha provocando as metástases.
O câncer de próstata acontece quando as células deste órgão começam a se multiplicar de forma desordenada. A doença pode demorar a se manifestar, por isso, é fundamental que a partir de 50 anos (ou 45 se houver histórico familiar) o homem visite o urologista anualmente. O risco aumenta com o avançar da idade. Se descoberta precocemente, a doença tem 90% de chances de cura.
Em uma fase mais avançada o câncer de próstata pode provocar: dor óssea, dor ao urinar, vontade de urinar com frequência, presença de sangue na urina e/ou no sêmen, dificuldade de urinar, demora em começar e terminar de urinar, diminuição do jato da urina.
A idade, o histórico de câncer na família, a alimentação inadequada (à base de gordura animal e deficiente em frutas, verduras, legumes e grãos), o sedentarismo e a obesidade são fatores que podem aumentar o risco de ter a doença.
Os exames utilizados para investigar o câncer de próstata geralmente são os exames de toque retal, e de PSA Total e PSA Livre. O exame de toque retal é imprescindível para a identificação do câncer na fase inicial. Realizado pelo médico urologista, o procedimento é rápido (dura em média 10 segundos), indolor e não traz risco algum. Os exames de PSA Total e PSA Livre são feitos através de amostras de sangue. Caso seja encontrada alguma alteração em um desses exames, seu médico poderá indicar uma biópsia para confirmar, ou não, a doença.
Atenção! A ausência de sintomas não garante que não há problemas. Por isso, faça exames preventivos, vá ao médico e cuide da sua saúde!