Sífilis – Diagnóstico Sorológico

De acordo com o Ministério da Saúde a confirmação do diagnóstico de sífilis deve ser realizada utilizando-se os testes treponêmicos e não treponêmicos combinados em fluxograma para aumentar o valor preditivo positivo.

 

-Testes treponênicos (específicos) imunológicos mais utilizados: FTA-ABS, quimioluminescencia, ELISA, imunocromatográfico

  1. Anticorpos antitreponêmicos podem ser detectados em média dez dias após o aparecimento do cancro duro.
  2. Em aproximadamente 85% dos casos, os testes treponêmicos permanecem reagentes durante toda a vida nas pessoas que contraem sífilis, independentemente de tratamento. Dessa forma, não são úteis para o monitoramento da resposta à terapia.
  3. A fração IgM dos testes treponêmicos podem identificar fase aguda de sífilis entretanto, tem sensibilidade limitada (em torno de 50%).
  4. O imunoensaio enzimático (ELISA) e a quimioluminescencia,  para detecção de anticorpos treponêmicos,  são comparáveis ao FTA-ABS (Imunofluorescência) apresentando como vantagem maior reprodutibilidade e a possibilidade de automação.

-Teste não treponêmico:  VDRL

  1. Encontra-se aumentado na sífilis, mas como não é específico, pode surgir em outras situações:  outras infecções, doenças autoimunes, após vacinações, em gestantes e idosos. Habitualmente esses resultados falso-positivos apresentam titulações baixas (geralmente inferiores a 1:8).
  2. Regride ou negativa após o tratamento adequado e são utilizados para o seguimento e para o diagnóstico de reinfecção.
  3. Caso haja uma elevação de títulos em duas diluições ou mais (por exemplo 1:16 para 1:64), deve-se considerar a possibilidade de reinfecção ou reativação da mesma.